quinta-feira, abril 28, 2005

Ah... Os beijos e os abraços
Apertados
Pois esses ficam na eterna guarida da esperança
Alcançando um lugar no norte imortal
Aguarda-me pois eu vou pelo caminho mais distante
E serei mais um na madrugada
Tirando para fora todos os momentos
Que me fazem infeliz
Vivendo a vida como um bloco de gelo
Frio...
Sem nenhum local para fugir
Sento-me e vejo a chuva
Escorregar pelas paredes de madeira
Sentido único de liberdade
E vens cavalgando pela rua
Até mim...
Enfrentando e deixando para trás tudo de mau
O Sol é o mesmo que de uma forma relativa te queimou
Não o alcanças mas que sabes que está perto da morte
Gosto de estar aqui quando posso
E tu?
Ninguém sabe onde andas
Ou para onde vais
Onde vamos?
Um grande buraco no céu...
Talvez...
Não preciso!
È um jogo que deixei de jogar
Por ter medo de ganhar
E saber no que me posso tornar
E tu não podes contar-me o que sentes...
Porque não tinha imaginação para te compreender
Sei o que sinto e o que amo
Diz-me uma côr que gostes
Uma pessoa que ames
Um animal que veneres
Diz-me que me viste assim
No gelo...
Frio...
Com a chuva contornando o meu rosto
...E continuas a remar e a correr
Até encontrares alguém
Que parece afogar-se
Encarando o poder do mar que se estende nas tuas costas
E parece acabar a tua vida
Num pequeno murmurio
Que mais parece a morte
Arrancando-te os momentos que tiveste em vida
Brincando com algum pedaço de ti
E á espera que te mostrem um novo caminho
Viras-te para o Sol e perguntas
Porque continuas a ver a chuva?
Porque ninguém te mostrou o caminho
Ou para onde devias de correr quando sentisses medo
Angustia...
Ansiedade...
Mas é tudo tão relativo...