terça-feira, abril 19, 2005

Nesta curva tão simples e insinuante
Que é a vida...
Deito-me suavemente...
E mais logo
Quando a noite dorme
E as estrelas ficam por detrás da Lua
Cubro a madrugada com algum suor
Sentindo a vida que corre
Dizendo-te adeus...
Tropeçando na ternura de um olhar
Alimentando-me de um sorriso
Lamentando as saudades e os outros sorrisos
Subtilmente desvendando a forma como sorris
Mas em vão...
Buscando a eterna luz
Precisava que ficasses junto a mim
Como a dor que me consome
Para assim retirares toda a essência do meu ser
E sugares todo o carinho que tenho ainda
Antes que venha o frio e a eterna madrugada
Antes mesmo de eu virar as costas e subir mais alto
Subir pelo mar e descansar sobre as ondas
Pablo... perguntaste uma vez se o "âmbar contêm as lágrimas das sereias?"
Não sei responder-te
Mas sei que algumas gotas do mar
Contêm algumas das minhas lágrimas
Algumas delas ainda batem nas rochas
Como fortes ondas de paixão...
Ou suaves ondas de amor
Ondas sublimes de descanço
Ondas de dor
Lágrimas de prazer...
Sendo o âmbar algo invulgar
E a sereia misteriosa