terça-feira, outubro 04, 2005

Nada mais quero esperar
Senão o que me for entregue
Nada mais quero ter
Senão a humildade para continuar a caminhar
Nada mais quero sentir
Senão o sentimento puro
Condensado num pote de mel
Oferecido com gentileza numa tarde de primavera
Nada mais quero ser
Senão este vento que se afasta
E se estende por entre os teus sentidos
Que toca o teu rosto
Para beijar a tua boca melodiosamente
Como que pintasse o teu sorriso a pincel
Quero ser só os meus dedos
Que passam e perpassam pelo teu corpo
Tocando nos limites da tua tela
Quero ainda ser a chuva
Para deslizar suavemente no teu cabelo
Escorregar pelos teus olhos e molhar os teus lábios
Sentir o teu cheiro
E esfregar a minha pele na tua pele
Numa dança de loucura e desejo eterno
Quero ser só a minha boca para tocar no teu ombro
Morder o teu queixo
E amar-te alienadamente