terça-feira, janeiro 03, 2006

Sei que sinto
Aquilo que me esqueci
De recordar
Não passamos de sombras
Neste caminho nocturno
As vozes que se ouvem na escuridão
São o som da incerteza
Fazem-me suspirar nestes tempos
E estes sons envolvem-se
Em mim
E choro na escuridão da noite
As minhas lágrimas tocam as flores murchas
Desta terra onde o rio parou de correr
E procuro ávidamente as paredes
Que o mar não derrubou
Para me guiar por este caminho incerto
Em pequenos passos
Avanço sem tocar no oculto
A brisa toca-me no rosto
Até que a morte dá conta do meu desejo