sexta-feira, maio 19, 2006

Passou tanto tempo que perdi o gosto
Champagne de Paris
E ruelas de Sintra
Ah…
Sinto-lhe o cheiro apenas
Caí na luz e violei aquele silêncio
Aquela inocente voz madura
Não consigo já chegar ao centro
Amargo sorriso…
Permito-me crescer de novo
Para me perder na luz como antigamente
Eternas madrugadas de cristal
Noite fria e cruel
Passou tanto tempo que finjo então um sorriso
Para me afastar calmamente do passado
Anjo doce ou eterna paixão
Sorriso frágil e delicado
Ostento um cálice de pedra
Mais água que oceano
Paz leva-me de novo ao teu encontro
Pássaro feliz ou pincel de palha
Borra uma vez mais uma página fiel
Deixa-me um sorriso de papel
Neste palco ofuscante de sentimentos