quarta-feira, maio 10, 2006

Sangro as palavras
Que me envolvem e me destroem
Envolvem praça e mente da minha alma
Este meu povo que morreu
Será que se lembra do vapor da liberdade?
Acorrentado a uma livre irresponsabilidade
Apaga-me então este silêncio
E transforma-me em orgasmo
Luxúria mais que masturbação
Palavra mais que palavra
Quero comê-la no meu prato
E dar-lhe o condimento da minha alma
Sou Lisboa e Portugal num momento
Sou Águia viva que voa
Sob as águas tenras deste mar
Mostremos a eles quem manda
Para que nos devolvam o etéreo cheiro
Sonhar é encanto
Poesia é paixão
O orgasmo do povo é ser poeta
Não faço greve de fome nesta parada
Palavra puxa palavra
Escrevo a prosa com o meu aparo
E engulo cada momento de prazer