quarta-feira, maio 03, 2006

Satisfaço-me com o silêncio das palavras sóbrias
Desfruto assim deste âmbar de momentos
Um dia em qualquer dia
Sou capitão deste instante
Meu instinto, eu e este sossego
Mais que um segredo
Sou eu
Alma simples
Toco também nos quartéis deste recanto
Nos conventos desta existência
E oculto-me na madrugada
Salgada…
Nesta prisão material que é o mundo
Há ainda a confidência
Lugar santo ou esconderijo
Nesta furna de prazeres
Sou infiel e amante
E bebo da mesma taça
Suco ou raça…
Talvez engula então uma lágrima
Uma gota de água lustre de diamantes
E pérolas…
E abandone este testamento
Para amar este encontro
Sigo comandando este navio
Por uma expedição de sentimentos
Um encontro de acontecimentos…