quarta-feira, janeiro 03, 2007

Ela deixou um bilhete na minha cama
“Se tiveres fome… liga-me…”
Deixou-me imóvel…
Sereno
Inconsciente
Azul…
Partiu sem deixar rasto
A manhã era melancolicamente submersa
Diria poética…
A noite foi sem tino mas instintivamente nossa
Deixou-me ausente…
Como se vivesse na água
Mas não dentro dela…
Como se abraçasse um sonho
E se fosse aquele sonho
Jamais queria acordar
Deixou-me nu…
Satisfeito…
Calmo…
A pele dela tão macia
Corpo esguio, magro
Lânguido…
Rodopiou por mim noite inteira
Doce…
Mulher…