quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Segue a minha mão
Porque teme em escrever
A minha alma jovem
Acompanha-me por aqui…
E despejado… deixa-me então sonhar…
Sou eu quem te escreve…
Palavra por palavra
Letra por letra
Por estas linhas estranhas e vazias
Lágrima por lágrima
Segura-me de novo doce poesia
O meu sentido neste instante deixou-me voar
Sorriso por sorriso
Deixa-me ir neste túnel
Sem rasto e sem caminho
Deixa-me descansar no teu leito
E poder adormecer
Neste mistério mais que oculto
Onde sou caminheiro
Estrada viva que se mostra…
Ainda fria…
Este rumo… desnorteado…
Atalho subtil para a glória mística
Distância já cansada por onde ando
Deixa-me rastejar pelo teu trilho…
A minha via láctea…

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Como uma droga…
Experiência infinita
A minha mão separa-se do meu pensamento
Para te descrever…
Sou eu agora quem te escreve
No calor deste silêncio que imaginas
No teu quarto…
Sou eu que te toco
Sou a tua pele…
Quero ser eu que arrepio…
Estou curioso no teu sono
Vejo-te por entre as ameias deste meu castelo
Penetro no teu sonho
Para desvendar o teu sentido oculto
Deixo-te cansada
O suor que escorre pelo teu peito
Sou eu sim…
Que me desfaço no teu leito
E me desafio no teu pensamento
Navego pela noite para te deixar aqui
Prostrada e doce…
Azul...
Minha…
Quero o teu cheiro que me embala…
Para me deixar demente
Dormente…
E constantemente louco

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Já nem sei por onde ando
Marchamos juntos num deserto obscuro
Por vezes somos brutais
Somos únicos…
Outras das vezes… Somos vulgares demais
Naquela noite…
Vivemos uma visita intensa
Um momento melancólico de tristeza
Luz das luzes…
Não estou por cá
Apaguem as luzes então…
E o som deixou de se ouvir
Silêncio… é o que quero ser agora
Vou tentar correr para outro lado
As lágrimas escorriam suaves pela pele brilhante
Não deveríamos nunca ter medo de chorar
Não me lembro do sonho
Nem sequer me recordo das cores
Nem dos temperos da saudade do amor
Costumava lembrar-me…
E escrevia sobre essas recordações
Estarei a morrer?
Sim, aos poucos diz-me ela, calma e suave…
Quem me faz divagar nesta noite?
Quem me deu impulso para navegar?
Já nem sei…
Perdi a bússola do meu viver…