segunda-feira, maio 28, 2007

Se deixares este local
Eu irei atrás de ti
Está tudo tão diferente
Sou este céu que vês
Para ficar junto a ti
Trepei pela lua e deixei-me ficar por aqui
Sou o céu hoje
Vim cá para te abraçar
Não quero sair
Nem daqui a um milhão de anos

terça-feira, maio 22, 2007

Alcanço o som por vezes
Entre o rugir do barco de madeira
E a água que balouça aos meus olhos
As cordas estão presas à beira do rio
O vento move-se lentamente
È tarde de domingo e ando descalço
A praia está deserta…
E o frio já não me incomoda
Uns bancos de areia mais à frente
O Sol é o mesmo que outrora me queimou
Os dias são diferentes
Ando por aqui ás escondidas
Por entre ruas e ruelas
Casas e casinhas…
O rio termina e começa o mar
As ondas vêem seguidas
Fortes e mortais
A minha alma satisfaz-se com este pedaço de vida
Procuro na noite a saudade que me faz viver
A paz que encontro torna-se divina
E a magia do meu tempo
Torna-me real
Este cheiro intenso a maresia…
Obriga-me a sonhar alegremente
Deito-me na areia
Sabe-me bem o toque dela
No céu vejo uma ou outra gaivota
Estou completamente embriagado…
Refaço só para mim a formula da minha essência
Reconstruo na minha alma os pilares do meu ser
Aqui ninguém me vê ou sente
Sou eu e o meu percurso divino
Transbordado aqui nas minhas palavras

quarta-feira, maio 09, 2007

Arrasto-me na noite
Indomável na minha escuridão
Levo ao limite este momento
Sonho sublime com o tempo
O meu corpo… vê como ele se move
Arrastado e sangrento
Talhado pela sensação de viver livremente
Ou estar vivo simplesmente
Vê como me sinto…
Estas frases
Nutro-me de palavras
Renovo-as de alegria
E fico leve…
Arrastado pela noite
Deixo-me fluir no meu Universo
Selvagem e discreto
Instinto secreto
Navego no oculto…
Arrasto-me pela noite…

segunda-feira, maio 07, 2007

Recanto de prazeres inoculados
Estou aqui
Alguns dias são cinzentos
Em concordância com outros
Vou-me rindo nas madrugadas
Já nem durmo
E esta minha persistência abusadora
Para tentar crescer
Faz-me ficar parado
Fico velho…
Fico longe…
Quero agradecer-vos então
Por estes anos bem passados
Nada mais do que puras palavras
Despejadas do meu ser
Poesia chamam-lhe…
Digo eu que são descrições abreviadas
Do meu sentir
Crónicas reais… do meu viver
Cara de miúdo e sorriso inocente
Ando aqui e ali…
Perdido por vezes
Encontra-me o tempo
Esse amável cambiante do meu ser

quarta-feira, maio 02, 2007

Lembro-me de ti
Quando me recordo de rir
Abertamente como se fosse criança
Voa o tempo quando estou na tua presença
E sou feliz nesses momentos
Não tenho a presença de tudo
Mas tenho a tua companhia
Que me faz sentir feliz
Sou finalmente eu
E o que me faz infeliz
Abandona-me...
Não sei porque é que tem de ser assim
Se tudo o que eu quero é falar por mim
Gosto de ti porque gosto
Gosto dos pedaços que ocupas em mim
Faz frio agora...
E tenho medo que saias do meu viver
Gosto de ti porque gosto