sexta-feira, junho 22, 2007

E houve um som todas as noites
Desde aquela noite
Que deixou o refrão dos teus olhos no meu sorriso
A capital do meu ser definiu o sonho
Este abismo secreto…
Corredor vasto de lembranças subtis
Percorri avidamente as paredes
Em busca do teu nome
Estava escrito afinal nas portas
Que não entrei…
Explorei intensamente o delirio dos teus olhos
Para saborear na eternidade da minha alma
Não nos ouviram?
Aqueles sons nocturnos
Nobres e distintos silêncios…
Que só nós sabemos pensar
Que ousámos ouvir e até criar
Somos aquelas vibrações que deixámos
Lá longe…
A voz de todas as cores
Longe do que somos hoje
Ruídos na noite…
Ofuscam a nossa escuridão
Desloco-me fugaz neste mundo transitório
Somos antigos demais para deixar voar o tempo
Que se agonia no mundo material...