quinta-feira, agosto 30, 2007

Entro no vazio que é só meu…
Aquele lado imerso de solidão
Mergulho no silêncio…
Intacto e submerso
Puro como um vórtice profundo…
Um abismo!
Retorna-me a lembrança
E partilho-a com o nada
Este ninguém que existe…
Este profundo e tácito deserto
A nudez do pensamento
Encoberto em solidão
Nem uma única fenda neste buraco
Tão silencioso que não diz nada
Tão perto do longe que o nada se impõe
Recuso-me a sair!
A lágrima cai lentamente
Saboreio-a na minha boca
Doce e salgada…
Partilho-a com a ausência
A razão… é obscura e ofusca as demais

quarta-feira, agosto 29, 2007

A noite chega na sua cor negra
Abrupta na sua solidão
Inundo-me nas palavras que não ditas
Manifestam-se na sentença da moral
Porra vem lá gente!
Que se lixe vou ficar aqui…
E vou ver onde vai dar a estrada
Pior do que está não fica!
Preciso de a ver!
De lhe falar!
A sinceridade ainda existe…
Não é abstracta
E ela também tem defeitos…
Apenas perdeu o valor
A sinceridade…
Essa puta! Mãe de todos os erros!
Será que vocês são sempre sinceros?
Foste sempre sincera?
Ela foi sempre sincera?
Não acredito!
Não são perfeitas!
E a única coisa que está entre nós…
È este momento, é este meu erro!
Só eu estou em causa…
Mas deixarei essa posição em breve!

terça-feira, agosto 28, 2007

Eu, eu sou um novo dia...
Um céu novo de estrelas ou estrelado
E então eu sou alguém que passeia pela rua
Cego pelo meu sentido de liberdade
Dividido por deixar tudo para trás
Ou continuar aqui…
Jamais me lembro de ter nascido
Mas sim de ter renascido
Ninguém fala o que não entende
Às vezes quando toco guitarra
Parto uma corda…
A corda parte violentamente e magoa-me a mão
Acontece por vezes...
Magoar-me com a minha guitarra
Nem por isso eu a deitei fora
Não interessa o instrumento que toquemos
Se é piano, guitarra ou harmónica,
Até podemos tocar reco-reco
Tambor…
O que interessa é a musica que construimos
Essa, está muito para lá do instrumento…
Parti uma corda na minha vida…
Magoei...
Magoei-me…
A guitarra continua aqui…
Não deixei de tocar a música…
Não parti o instrumento…
Não me aniquilei…
Vou colocar uma nova corda…
E vou continuar a aprender…
A vida assemelha-se por vezes a uma guitarra
Com história de cordas partidas e algumas novas
Temos de a manter afinada para não sairmos do tom
E sobretudo de continuar a tocar...
Mesmo que a música saia triste

domingo, agosto 26, 2007

Este não é um poema
Talvez uma carta a alguém que não esqueço
Se a vida se resumi-se só a bons momentos...
Então não valeria a pena viver
Com a perda aprendemos mais do que com a vitória
Na amizade, não reside vitória ou derrota
Apenas o que a palavra diz no seu sentido mais puro
Quando perdemos uma amizade...
Sentimo-nos derrotados, feios e sem gosto pela vida
È como me sinto...
Perdi na minha vida, por culpa dos meus actos
E por vezes culpamos o tempo...
Não! Neste momento o tempo nada teve a ver...
Foram apenas os meus actos!
Perdi-me mas encontrei-me, levantei-me!
Alguém que admiro não só como pessoa
Perfeita em todos os sentidos que conheci
Mas também não tocada pela corrupção da vida mundana
Escrevi palavras assim a uma única pessoa na minha vida
Volto agora a escrevê-las para alguém
A quem desejo tamanha felicidade...
Que tudo na tua vida brilhe como os teus olhos
Que a tua felicidade nunca mais seja manchada
Por pessoas como eu que te fiz sofrer
A esplanada ficou diferente...
Um dia falaremos, mas não agora
Se partires antes de mim
Pergunta se podes levar um amigo

segunda-feira, agosto 20, 2007

A vida é um dia fugaz
Com alguns minutos de tristeza e solidão
Mas com muitas horas de felicidade e amor
Bonita é a gente que é diferente

sexta-feira, agosto 03, 2007

Parto hoje para a minha terra mágica
Busco para além de mim, o meu nome
Espero reencontrar-me com os Deuses da noite
As musas do mar cósmico...
Sinto-me leve
Sigo Sul...
Voo devagar...
O meu pensamento corre já veloz
Estou lá!
Naquele lugar místico
Onde as fontes são mil
E as estrelas cadentes percorrem o céu
Parto hoje e estou a chegar...
Aqui consigo ser verdadeiro!
Aqui consigo ser eu...
Até breve...

quinta-feira, agosto 02, 2007

Espalham-se as estrelas…
Um anjo foge na penumbra da noite
Um acampamento de anjos e demónios
Deuses e criaturas da noite
Juntam-se nos meandros do Universo
Saboreiam as sentenças morais
Os seres divinos acomodam-se de longe
Provam o âmbar das distracções…
E distinguem-se pela sabedoria dos actos
Este sarau quebra as barreiras do tempo
Esta orgia de palavras deixa um sabor agridoce…
Determina o início do novo mundo…
Uma estrada para a liberdade
Este concerto divino...
Marcha para além da compreensão humana