terça-feira, dezembro 30, 2008

Guardo para mim...
A perfeita tradução do abandono
Esse abismo onde ninguém está
E que eu tanto conheço
Essa linguagem que traduzida
Se desfaz no tempo e se oculta
No abismo da renúncia
Uma súplica desesperada
Para aprisionar uma dor suprema
A palavra traduzida...
Onde cabem tantas outras palavras
Onde nela coabitam tantos outros sentimentos
Onde existem tantos e tão confusos pensamentos
Não é uma mera palavra abandonada
Deixo-a aqui nesta análise sombria
E sem dúvida ao abandono das palavras

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Adoro-te como se nada fosse
E tudo fosse
Fosse um poema eterno
Uma lágrima pendente
Um sorriso alucinante
Adoro-te porque te quero
E quero-te tanto
Que fico parado
A olhar o tempo
Adoro-te

sexta-feira, novembro 21, 2008

Os dias passam
São iguais aos outros
Nada de novo aqui
Encontros desencontrados
E um cavalheiro só
Poesias, poemas e frases
Impossíveis de recortar do contexto original
Dignos mas sem valor
Talvez vitais os meus sinais
Duas casas tão brancas
E um manuscrito inédito
Tropeço nas minhas frases escritas
Rio-me de mim mesmo
E o tempo passa
Os dias, outros iguais
E as pedras da rua da mesma cor
O mesmo cheiro, o mesmo tom
Um carteiro sem cartas
A cidade não muda
Morre-se lentamente
Repetindo todos os dias os mesmos dias

quarta-feira, outubro 29, 2008

Não deverei render-me
Ao tempo que passa
Pernoito aqui neste lugar
Perto da minha alma
Rendo-me a mim mesmo
E agrado os Deuses
Em todo caminho
Encontro um novo sentido
Ofusco-me entre os demais
E procuro-me a cada instante
Encontro o guerreiro
Encontro o menino e o homem
Encontro-me...
Nesta aventura deslumbrante
Sou na prática um sonho da minha alma

quarta-feira, setembro 24, 2008

Caminho sonâmbulo
A noite passa como uma vida fugaz
O ar oprime o vazio
Nas minhas mãos... um aparo
Move-se lentamente
Por entre as linhas inexistentes
Deste papel branco
Vazio...
Marcas de inutilidade absorvidas pela madrugada
A minha mão passa descontrolada
Rasgo mais uma folha entre tantas páginas
Devolvo-me ao mistério místico de estar aqui
Taça amarga deste posto inseguro
A janela com vista para a noite
Deixa-me intacto por segundos
Momentos sólidos de pensamento inactivo
Deixo-me levar nesta meditação solene
Aguardo a espiral de pensamento
Que vem como um orgasmo lento
E se espalha como um doce veneno libertador
Aguardo e movo-me pela noite já cansado

terça-feira, agosto 12, 2008

Olhos de mel
Pêlo grosso castanho
Deixou-nos como um leve beijo triste
Ficou o vazio da presença
Parece que falta qualquer coisa
Um amor incondicional
Que por vezes eu não vi
Perco o sentido quando entro em casa
Sinto-a ali à porta
Mas não a vejo
Pinto-a em tela para que sobreviva
Ou para que nunca a esqueça
Deixo-a aqui nestas palavras eternas
Neste papel seco
Foste sempre fiel

segunda-feira, agosto 04, 2008

Olhos claros, cara simples
Lábios de carne grossa
Algumas décadas de dias e noites
Pequenas rugas no tempo
A Barba misteriosamente cresce branca...
Alguns tempos mais tarde quero lembrar-me
Esta vida e este meu personagem intenso
Tanto pensamento que não cabe dentro de mim
Sou uma esponja...
Absorvo o que me rodeia
Nada de materialismo, não suporto...
Simples como água
E complexo no pensamento
A viagem... Estrada para ser feliz
A chave, o momento...
Quero-o cada momento
Amar a viagem...
Somos feras em arena de palha
Sejamos humildes no dia que vivemos

quarta-feira, julho 23, 2008

Voo para lá do céu
E construo o meu pensamento ofegante
Viajo por entre as montanhas cobertas de neve
Deambulo por entre a natureza pura e sou livre
Ando de mãos dadas comigo
Vivo e revivo cada momento
Abraço o oceano e deixo-me levar
Sentir-me encurralado pela água
As ondas e o cheiro do mar
Deixo-me navegar neste incrível mundo
E viajo pela vida com alegria
Consciente do meu valor
Sou eu que voo agora aqui e ali
Viajante sem rumo
Crio o meu caminho e viajo para além dele
Ultrapasso-me e movo-me...
Sou comandante nesta viagem
E direcciono-me para o infinito de cada sonho meu...
Sou eu...

quarta-feira, julho 02, 2008

Possuo agora uma fonte inesgotável de pensamento
Fluido como água
Bebo deste elixir
Que se prolonga até ao final da minha vida
Sorvo deste âmbar precioso que se tornou esta descoberta
Abraço este novo mundo
Como uma criança que tenta andar pela primeira vez
Aguardo pacientemente todo o resultado que advém
Desta busca interior incessante
Que reconheço no meu sentir...
Sento-me e agradeço por cada momento que tive
Que tenho, que terei...
Amo cada instante do meu tempo
E sinto-me grato
Por cada momento de desiquilibrio que tenho
Porque cada um deles me obrigou a equilibrar-me de novo
Aqui estou eu uma vez mais
Agora mais forte...
Mais sábio...

sexta-feira, junho 06, 2008

Quem sou eu?
Para decidir escrever
A alegria do tormento
Eu que me revolto...
E me puxo para fora
Eu que me retiro para o nada
Onde não existem anjos
Eu que me desencontro e me encontro
Afinal quem sou eu para ser eu?
Quantas vezes falei
Quantas para mim eu ouvi
Eu sou o maior silêncio da noite
Desde então sou este eu
Que emerge do nada
E se torna neste homem menino
Posso escrever todas as palavras
Ainda até aquelas mais tristes
E pensar que não sou eu
Eu que pertenço a esta estranha tribo
Que surgiu da noite
Esta tribo de vozes caladas
Este silêncio que busca o vento calmo
O sopro das palavras
Sinto-as mágicas...
Máscaras vitoriosas contra o tempo
Pinto-as aqui neste caderno pequeno
Para que as encontrem intactas
Com restos do meu sentir...

segunda-feira, junho 02, 2008

Agora a cidade parece mais calma
Sem a penumbra do silêncio
Navego todos os dias pela mesma estrada
E todos os dias interrogo
Passo e perpasso no oculto
Caixeiros viajantes é o que somos
Para cá e para lá
Viajantes sem rumo nesta indiferença
Palavras que navegam
Não há nada como um poema
O vento toca a alma
E o Oceano acalma-se
Viajo e voo
Evoluo e vivo instintivamente

sexta-feira, maio 23, 2008

A magia de uma cidade adormecida
Traz-me de volta a nostalgia de ser criança
Terra de ninguém esta em que vivemos
Afundo-me por vezes em noites assim
Não temo mas também não caio nesta oculta magia
Deixo-me encantar pelo sorriso
E embalo-me a mim próprio
E é tão bom ser assim
Tão sagaz...
Inocentemente egoísta...
Apetecia-me ser algo nesta cidade mágica
Ser a Lua que tocasse o vidro das janelas
E acordar alguém com a minha luz
Talvez ser a guitarra que geme aqui
Aqueles acordes tremendos e alegres
Ou tristes...
Quem sabe o gato que faz a sombra na minha parede...
Quem sabe ser eu nesta cidade
E ser eu mesmo de novo neste antro imaginário
Espaço aberto à minha proposta da noite
Quem sabe não será esta a minha noite
Estas as minhas palavras
Esta a minha alma
Este o meu sentir...

quinta-feira, maio 15, 2008

Assustado com a minha sombra
Percorro a distância que não sei calcular
Por algum lado que tente ir
Não deixo que morra em mim
O segredo de ser livre
Nem que tenha de vaguear pelo mundo
O vazio retorna-me o pensamento
Do nada mancho tinta no papel
Riscos e rabiscos
Formas que me permitem expandir a minha alma
Retornar-me ao meu mundo selvagem
Instintivo e subtil
Liberto-me dos meus amigos mortais que me querem ver preso
Confronto-me assustado com a minha sombra
Deixo-me levar pelo oculto prazer
Do que as palavras significam para mim
E vivo livremente
A minha imaginação coloca-me na corda bamba
È tempo de evaporar
Não sou nada mas sou algo
E sou sempre bem vindo a este deserto
Que por vezes é a minha alma...

quarta-feira, maio 07, 2008

Devo render-me a mim mesmo
Tornou-se difícil agradar-me a mim próprio
Talvez exija de mim o que não existe
E o que posso dar não é moeda de troca
Sou quem sou
Sou escravo do que penso
Do que tento ser
Talvez seja mesmo o que sou
Rendido a mim mesmo
Talvez alcance metade do que me proponho
Tão farto deste solitário eu
Tão só que estou longe do meu lado
Não passo de um poema nocturno
Rendido ao que sou
Estou tão alto que o céu me perturba
Estou tão aqui que não quero este momento
Canso-me a desfazer este momento
Não quero o meu ar cansado
Nem um caminho traçado
Conheci um homem
Cujo rosto ocultado pela barba branca
Pele envelhecida já conta histórias
É o Cigano do Marquês
É o amigo da malta
Vendedor ambulante
Mas que será que ele pensa
Vi-o chorar como uma criança
Quando a mãe saiu deste mundo
Quando o vejo sinto amizade no olhar
Humilde nas palavras
Por vezes ninguém quer saber o que ele pensa
E por vezes ele nem se importa
Conheço-o e é como eu
Sangra e sofre como eu
Vive triste e alegre
Ali vai ele...
Quando não o vejo pouco me lembro dele
Quando o vejo quero voltar atrás e conhecer o interior
Parece que foi levado para algures
Por entre a selva urbana que não o deixou respirar
É o Sancho o cigano do Marquês
E parece que já não o vejo de novo

sexta-feira, maio 02, 2008

A partir do momento
que deixas a sociedade definir a tua liberdade
perdes toda a satisfação e prazer de a definir para ti próprio...

terça-feira, abril 29, 2008

Ela caminha nua e linda, pela madrugada
Nem mais nem menos do que um passo acertado
No desacerto da noite
Ouve-se alguém num quarto vazio
É a noite viva que não adormece
Alguém mancha o meu sorriso
Tão tangente ao meu silêncio
Adormeço
Não sinto uma vez mais
Mas viajo...
Contemplo e vivo
Sou eu
A noite vazia embala o silêncio
Ternura do abraço
Esconde-se um sorriso
Descreve-se um beijo
Este coração tem de parar para respirar
Este ar que é puro
Inocente

quinta-feira, abril 10, 2008

Até um beijo...
Pode conter toda a essência
Transportar a saudade
E canalizar energia para a serenidade
É uma liberdade quase isolada
Egocêntrica...
Contudo partilhada e egoísta
Eu quero um beijo...
E quero que os outros lábios
Os lábios junto aos meus
Sejam tão egoístas quanto os meus
Nesse toque não formal...
Mas quero-o só para mim
Aquele beijo...
Esse beijo...
O teu beijo...

quinta-feira, março 27, 2008

Tenho os braços arranhados
Um arranhão por cada vez que caí...
E fui-me abaixo tantas vezes
Algumas sem razão...
Guardo para mim cada momento que me levantei
E várias recordações dos meus dias
Silêncio tão quente
O mar tão distante que me abraça
E a areia da praia que tem o cheiro do que eu amo
Esta cidade está tão suja que se perderam os dias limpos
Só quero lavar a minha alma com esta nova água
Um oceano de paz...
Uma caminhada ao sol
Sabe-me bem o sabor salgado das ondas
Da água...
Sabe-me bem...

quinta-feira, março 13, 2008

Em passo acertado
Viajo sobre o absoluto
Penso e repenso
Passo e perpasso
Alargo o passo...
Para que ninguém note
Sou quem voa...
Desço a avenida
já descansado
A noite, dormente...
Sou viajante
Sem constante destino
Sou caixeiro
Ninguém sabe de mim
Amo a vida e as pessoas
Essas passam e perpassam assim como eu
Na rua...
Tão desinteressadas dos outros
Tão nas suas vidas...
Tão egoístas quanto eu neste momento...
Como eu na minha vida
Apressada e destrutiva
Desmedida e sem tempo para o que é doce
Em passo tão acertado que me desacerto
E me descontrolo pela avenida
Paro nas ruas e sinto o cheiro das coisas
Já vividas...
Toco nas paredes e quebro o silêncio do meu rosto
Quebro o silêncio da minha saudade
Sinto a voz interior da minha alma
Que me dá forças para não parar
Para mudar a cada instante...
E este sou eu...
Caminheiro compulsivo
Num passo desacertado
Passando por aqui
Vivendo por ali
Amando algumas coisas esquecidas
Sendo diferente... Sou eu...
Sou mudança sem constante destino...

terça-feira, março 04, 2008

Não penso
Sinto...
Viajo...
Sou livre...
E livremente amo...
Sinto... Então Existo...
Sou caminheiro
Sou amargo e doce
Salgado...

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Este sabor intenso
Faz-me agarrar a noite
Devoro-a com os meus olhos
Sou o mundo
Sou a estrada
Sou a manhã que quero ser
Sou este homem da cidade
Que quer viajar no mar
Fugir dos corpos desenfreados da população
Sou este corpo
Que não sabe o que dizer
Unicamente sentir...
Falar ou querer...
Esta madrugada é lenta
Estendeu-se pela penumbra da noite
Sou esta alma que não se acalma
Mas que adormece...

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Estou aqui junto a mim
O som da minha voz já não é igual
Nem o tom da minha pele
Olho-me nos olhos
Não sou eu...
Ou estou tão diferente
Que não me reconheço
Deixo-me levar por este momento
Curvo-me sobre o tempo
Esse amigo fugaz...
Que se apresenta sem forma
E nos rouba os sonhos
Luta desigual...
Estou aqui...
Estas rugas são tão reais...
Que nem as quero questionar
O tempo passa
A vida voa...

sábado, fevereiro 09, 2008

Desencontro-me...
Passo aqui uma vez mais
Temendo não errar
Errando...
Perpasso e procuro a sombra
Que se esqueceu de me seguir
Ficou lá longe
Transporto-me para lá
Transcendo-me...
Sigo o meu rumo
Ultrapasso-me...
Caminho, ando e voo
Sou feliz
Sou amante...
Encontro-me...

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Se existe a noite
Dentro de cada dia
Então porque não sobra o tempo
Para não ser esquecido
E retirar as âncoras da saudade
O sentido da vida pôs-me aqui...
Deixou-me sem jeito
Interrogo-me sem dizer nada
E faço de mim um arguído inocente
Deixo-me levar...
E levo-me neste barco desancorado
Elevo-me...

domingo, janeiro 27, 2008

Amo-te aqui...
Em Lisboa, pelas ruas frias
E as paredes antigas
Não tão longe de Sintra
Mas assim como te sinto e quero dizer-te
Amo-te...
Nem só o tom do teu sorriso
Mas também o brilho do teu olhar
Ou o simples silêncio da nossa conversa
E aqui eu amo-te
Aqui eu vivo
Neste tempo com estes meus olhos iguais
Envelhecidos ou esquecidos
Como palácios antigos sem Reis nem Rainhas
Por vezes os dias passam
E são iguais
È como eu te amo
Sem saber dizê-lo
Mas querendo escrever o teu nome
Para que todos saibam
Nas paredes...
Aqui eu amo-te
Sem sombra de duvida
Neste crepúsculo lento
Um fim de tarde em Lisboa
Nesta noite submersa em Sintra
Terra e época em que vivo
Em que me alimento da minha fome de te amar
Na qual eu sou feliz por te ter encontrado
Quero saber se vens comigo
De mão dada nesta noite fria
Se vens e vais
Se ficas...
Quero saber se estás comigo
Para te invadir em tumulto
Sem que te apercebas da minha chegada
Quero saber se me dás a mão
Para caminhar contigo
E a compasso dançar com os teus olhos
Uma valsa sem musica ou cantando
Quero saber se estás comigo para eu ser perfeito
Quero saber de ti...
E sentir-te uma arte completa no meu ser
Saber amar-te na época em que vivo...

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Sobrevoo sobre uma terra intensa
A sombra do meu ser material
Deixou já de me perseguir
Navego pela porta da alegria de viver
E sentir...
Viver o momento que não mais existe
Que é único no seu universo temporal
Respiro-o e dou-me conta de que vivo
Nesse momento olho as coisas
São unicas e verdadeiras
E vislumbro...
Olho as paredes e as casas
As pessoas que passam por mim estão paradas
Neste momento sou eu que me sinto vivo
E olho através de maya
A ilusão que nos impede de sermos quem somos
Voo e sobrevoo cada centimetro de oxigénio
Cada milimetro de átomo que é nosso
Mas que a consciência não distingue ainda
Sou feliz neste momento...
Vou andando e passando a contrapasso
Nestes segundos que meço
Com a minha própria alma...

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Estas palavras são para um homem
Cujo valor para mim é sinónimo de luta
Aventura, alegria, carinho
Amizade
Cujo o abraço por tempo algum que passe
Fica sempre na lembrança
Estas palavras dispersas entre tantas outras
São para o meu avô
Quero-te bem de novo para termos tempo para rir
Estarei em breve contigo

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Não esqueças de ser tu próprio
E sê livre em qualquer circunstancia
Encara o medo de frente
E deixa-te levar pela intuição
Nunca temas a mudança
E confia sempre nele
Se errares levanta-te
Confronta-te com o erro que cometeste
Entrego,
Confio,
Aceito,
Agradeço...
Ama todos os seres
Aprende o mais que possas
Ajuda todos...
E nunca desperdices os momentos que tens
Tenho sede de viver
Quero ser e não ter...
Sentir e mudar...
Vou por aí ás escondidas
Sintra... Estrada velha
O ar antigo das palavras
Das frases e dos caminhos
Dos risos... sorrisos...
Chuva intensa de Outono...
Será um crime amar a noite?
Quem sabe a Lua...
Quero-a em pedaços...
A noite e o mundo
Num só local...
Onde todos entendam o silêncio
E lhe prestem homenagem...

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Tem saudades das palavras
Aquela que da saudade
Transforma a vida em liberdade
Que oculta no tempo a esperança
Da eterna busca da felicidade
Quem tem saudades das palavras…
È quem viu e sente o cheiro do mar
Sem estar perto da areia da praia
Do vento, senhor do tempo
Da terra molhada...
Chuva de Outono...
Sol de verão...
Amanhecer de Primavera!
Para quem tem saudades das palavras
Aqui vão elas…
Puras
Cristalinas e sem temor...