quinta-feira, março 13, 2008

Em passo acertado
Viajo sobre o absoluto
Penso e repenso
Passo e perpasso
Alargo o passo...
Para que ninguém note
Sou quem voa...
Desço a avenida
já descansado
A noite, dormente...
Sou viajante
Sem constante destino
Sou caixeiro
Ninguém sabe de mim
Amo a vida e as pessoas
Essas passam e perpassam assim como eu
Na rua...
Tão desinteressadas dos outros
Tão nas suas vidas...
Tão egoístas quanto eu neste momento...
Como eu na minha vida
Apressada e destrutiva
Desmedida e sem tempo para o que é doce
Em passo tão acertado que me desacerto
E me descontrolo pela avenida
Paro nas ruas e sinto o cheiro das coisas
Já vividas...
Toco nas paredes e quebro o silêncio do meu rosto
Quebro o silêncio da minha saudade
Sinto a voz interior da minha alma
Que me dá forças para não parar
Para mudar a cada instante...
E este sou eu...
Caminheiro compulsivo
Num passo desacertado
Passando por aqui
Vivendo por ali
Amando algumas coisas esquecidas
Sendo diferente... Sou eu...
Sou mudança sem constante destino...