terça-feira, agosto 30, 2011

È divino quando não nos conhecem
Quando passamos ao lado
Quando nos passam ao lado
Por momentos sou quem mais sou
Eu mesmo num turbilhão desperto
Longe, mas de mim tão perto
E ninguém sabe por onde andei
Só eu sei o quanto aqui estou
O quanto fui e quanto amei
De tanto cair me levantei
E aqui estou passo e ando
Corro e não descanso
Porque sou eu
Sem ter mais ninguém
Só eu
Quando passam não sei quem são
Não se mostram como eu
Não me deixo ver
Não me deixo...
E quero esta solidão
Só para mim
È que ás vezes sinto-me egoista
E a solidão é a companheira dos lugares
Tão bem caminhados
Somos irmãos
Tornou-se sangue do meu sangue
Parte da minha carne
Lágrimas das minhas lágrimas
È assim que passo por quem me olha
Não se conhece...
E não me conhece