quinta-feira, junho 23, 2016

As vezes, quando me esqueço dos outros
Lembro-me de que algo para trás ficou
É quando me sinto triste
Por não conseguir andar para trás no tempo
É também assim nesse momento
Que sinto que o tempo não parou
E que algo em mim ficou como que estagnado
Um sentimento que não sai mas mata
Um sentimento que se congelou durante a minha vida
Um sentimento que se mantém e me destrói
Ás vezes esse sentimento dura algumas horas
Outras das vezes dura dias
Depois passa...
Mas volta...
Como um vai e vem frenético durante anos diferentes
No entanto iguais
Acompanhados por este sentimento que se mantém em alerta
Será assim para toda a minha vida?
Uma questão que coloco nos momentos em que os dias passam
E este sentimento teima continuar
Escondo-o como se estivesse a dançar
Num baile de máscaras ambulante
Que se dilata no meu sorriso
Mas habita no meu ser
E faz parte do palco da minha vida
Como uma tragédia que não tem fim
Senão o próprio trágico fim da eternidade
Este sentimento antigo que protege a saudade que eu gosto de ter
Mas que me destrói
Acompanha-me como se fosse a minha pele