terça-feira, agosto 22, 2017

De noite...
Numa madrugada já rasgada pelo tempo
Onde o silêncio se confunde com o ar
Eu noturno divago sobre mim
Imaginando se este sentimento
Pode ser real para sempre
Como uma constante matemática
Numa formula eternamente aurea
Dou comigo a escrever estas palavras
Quase sem força nos meus dedos
Para que alcancem um vasto universo
São o meu ser
E agora sinto-me tão só
Numa solidão que é só minha
Sem tristeza por perto
E ouço o mistério da noite
Que canta só para mim
Numa paz suave que me embala a alma