quinta-feira, fevereiro 22, 2018

Então eu voo e caio
E desço assim pra baixo
Desorientado em direcção a nada
Debruço-me nos altares do mundo
E deixo-me cair
Na terra
No mar
Ninguém sabe quem era eu
E àquela altitude ninguém jamais ousou conhecer-me
Nem eu tampouco me mostrava
Mas em camara lenta
O sonho desmontava-se
E a tela escurecia
E eu sem ninguém saber
Caia desamparado pelo ar
Como que se voasse num caminho frenético
E as nuvens passavam por mim
E eu tornava-me uno com elas