quarta-feira, junho 08, 2005

Cães enraivecidos nas manhãs de Março
Um aviso de uma vida inconsciente
Sobra um último suspiro
E caio na arena de cor púrpura
Já não aguento mais a busca
Não consigo mais caminhar por uma estrada que não tem fim
Ou apenas terá um fim aparente
Que se mostra longínquo
Inseguro e vestido de preto
Encontrei em tempos
Alguma paz interior
A qual não soube preservar
A caminho da glória
Esqueci-me do tempo
E devolvi o que me tinha sido dado
Num prato cheio de sangue
Derramado pela invisibilidade que causei
Aos que me rodeiam
Amo a vida, mas por momentos senti que não fazia parte dela
Ou que ela me tinha abandonado em qualquer estação
Embriagado e deitado num banco de madeira
Esqueci-me de como era o tempo dos justos
Até mesmo dos fiéis
O Silêncio fez de mim algo que não imaginava
Poderoso Silêncio
As emoções que quero mostrar mas não se mostram
Por vezes escondem-se de mim...
Mas continuo a ser amante de todos os sentidos