quarta-feira, outubro 11, 2017

Gostava que viesses hoje
Mesmo que fosse de noite
Estou cansado mas dava-te um beijo
Pintado de seda era como um chocolate na minha boca
E os meus braços abraçavam-te inteira
Quem me dera que viesses esta noite
Fazer amor nos meus braços
E a minha boca apaixonada embriagar-se na tua
Gostava que viesses hoje acompanhar-me
Nesta madrugada ainda quente de Outono
E me deixasses dormir perto de ti

sexta-feira, setembro 01, 2017

Deixemos de lado as palavras
Ficam entre os livros e as prateleiras
Vamos falar de mim
De ti
Que sentes quando estás longe?
Ou nos momentos mais escuros do Outono?
Mas primeiro, quero que saibas uma coisa
Quero o teu sorriso
Como o Sol que nasce
E quero rir-me da noite
Quando te vir perto de mim
Como um rapaz que te ama
Como um pássaro que repousa as asas
No fim de uma longa viagem
E encontra um refugio quieto
Porque cada dia cai dentro da noite
Então deixa-me repousar perto...
Perto de ti
Sem ver ou falar
Só respirar...
E receber o teu beijo de manhã
Debaixo dos teus olhos
Mas deixemos de lado as palavras
Porque de manhã ficam para quem as quer ouvir
É que esta noite está aqui presente e tu não estás...
E a saudade desenvolve-se de forma bruta
Neste território que é o meu corpo
Deliciosa saudade
E todos dormem mas eu estou aqui
Sinto-te aqui
Pois não me canso de ser homem para te amar

quinta-feira, agosto 24, 2017

Da-me o amor sem fim
E o teu sorriso de todas as manhãs
Pois assim eu vivo
E mesmo que a noite venha
Não quero dormir sem o teu conforto
Pois em teus braços sei para onde vou
Mesmo que a terra mude de lugar
Sei onde estou...
Mesmo que de repente eu me sinta velho e inútil
Sei que te encontrei a tempo de te amar
Como um desses Deuses do Oriente
Ou como um bobo de um castelo antigo
Não estarei tranquilo
Enquanto esta estranha ternura
Se misturar com as palavras que canto
É assim que te amo
Como uma ode prolongada
De um poema gritado
É que chegaste á minha vida
Onde tudo estava vazio
Como que apodrecido
E eu não sabia já sentir
Nem respirar
Talvez por tanto e tão pouco
Amo o teu ser
E estou alegre
Mesmo que ninguém veja
Mesmo assim no crepúsculo de todas as noites
De todos as manhãs
Para sempre

terça-feira, agosto 22, 2017

De noite...
Numa madrugada já rasgada pelo tempo
Onde o silêncio se confunde com o ar
Eu noturno divago sobre mim
Imaginando se este sentimento
Pode ser real para sempre
Como uma constante matemática
Numa formula eternamente aurea
Dou comigo a escrever estas palavras
Quase sem força nos meus dedos
Para que alcancem um vasto universo
São o meu ser
E agora sinto-me tão só
Numa solidão que é só minha
Sem tristeza por perto
E ouço o mistério da noite
Que canta só para mim
Numa paz suave que me embala a alma

A calma que arde no meu peito
Inunda a minha mente
E o que vejo com estes olhos tão cegos
O teu sorriso...
Que abre todas as janelas da minha vida
E na minha vida toda eu andei
Como que a procurar-te
E agora chegaste...
Estas perto
Numa suavidade quase secreta
Mas há outros dias que ainda não chegaram
E eu quero alcança-los
E quero saber se vens comigo
Como alguém que vem ver o ar puro
Depois de uma noite inteira a beira mar

A noite passa
E eu passo e perpasso as minhas mãos
Pelo teu corpo
Sinto-me teu...
Só teu
Num triunfo de amor que é nosso
Os meus dedos encontram-te
Os meus lábios procuram incessantemente
Os caminhos do teu corpo
E o teu sabor deixa-me num desespero
Quase louco
Com esta fome de te ter
É então que adormeces e eu te olho
E me sinto feliz num momento único
Amo a noite como te amo a ti
Tão somente quero ser teu
E quero mais desse ambar
Tao calmo e doce
Tão teu e meu
Tão triunfalmente nosso

Então já não me vou embora
Fico aqui á espera do tempo
É que já não estou triste
O caminho fez uma curva
Onde o amor passou
E que curva...
Como uma viagem a Marrocos
E aqui estou
Sentado
A divagar
Seriamente feliz
Mas calmo e sereno
Como uma árvore com voz
A espera de ti
Porque sei que vens

No meio da tempestade
Encontrei esperança
Paz
E amor

sábado, agosto 12, 2017

Deste modo eu penso em ti
Como se a complexidade da vida
Estivesse em descrever-te
E nas palavras me perdesse 
Como se eu sem querer
Te quisesse tocar no rosto
E reconhecer-me nele
E ainda assim sou alguém que pensa
Que se inunda em ti
Sem saber como ou porquê
Sem mesmo ainda os nossos olhos se tocarem
Será um sonho?
Suave então é este o sonho
Pois tu enches-me a alma
E sem quereres fazes-me sonhar
Como um brutal sentir
Que me apetece dar-me á realidade
De te ter


Há um mistério...
Nestas manhãs de verão
Uma perturbaçao de saudade
Que me atrai e me faz sentir a tua presença
Como se te conhecesse durante todas as minhas vidas
Uma ansia de te ver
Como uma inexplicável força de te ter
E ao pensar em ti
Há em cada dia tudo aquilo que me anima
Tudo isto é nada e tudo
E no cansaço da noite
Atropelo-me com as palavras
Tentando descrever-te só para mim
E todo o meu corpo sem explicação
Treme de saudade
De um querer mais do que querer
De repente
Assim como quer a vida
Encosto-me a um canto
E falo prudentemente comigo
Pudesse eu, falar assim sempre
Num dia em que Deus estivesse a dormir
E talvez lhe perguntasse quem sou eu
Um simples viajante?
Encolho-me e tapo-me
E sinto-me tão perto de mim
Só o sentir me faz ser
E sinto...
Sinto tudo duplicado
Como se quisesse gritar ao mundo
O que vejo e não vejo
Na minha imaginação assim tão de repente
Encosto-me acostumado a pensar
Quem sou eu


segunda-feira, julho 24, 2017

Às vezes quando estou aqui
Tento imaginar-te junto a mim
A sorrir ou simplesmente em silêncio
O meu pensamento voa
E não quero parar
Não sei para onde vou
Nem quanto tempo demoro
Só quero imaginar-te
Pequena e confortável no meu abraço
E para mim quero que fiques tão na minha pele
Mesmo que seja por poucos minutos
Por pouco tempo
Para que me recorde que estou vivo
E que ainda sinto
Mesmo que seja um breve sentir
Como um suspiro de felicidade
Mesmo que seja curto
Pois sei que a vida voa e o tempo passa
E de certeza que passa
Então sinto-me bem
Ao sentir-te tao perto do meu pensamento
Do meu refúgio
Da minha pele

sexta-feira, julho 21, 2017

Quero que saibas uma coisa
Talvez não seja uma coisa qualquer
Porque no encanto da noite
Nada é despercebido
Então eu não sou o homem
Mas sim o menino
Que se perde no teu olhar
Talvez para se encontrar
É que no escuro da noite também te encontro
E a cor da tua pele deixa-me sonhar
E não te conhecendo, conheço-te
E não te tocando, toco-te
E não te falando, falo-te
Porque é assim a noite calma e escura
Quando penso em ti

terça-feira, julho 18, 2017

Perco-me na noite contigo
Ouço a tua voz que passa por mim
Como uma doce palpitação
Que me faz sonhar
Desconheço o sabor desse abraço
Mas quero envolver-me nos teus braços
Procurar o silêncio calmo do teu sorriso
E se assim for...
Tocar o teu rosto, o teu cabelo
E já é tarde...
Não quero deixar-te ir
É então que fecho os meus olhos
Imagino o teu beijo que se desfaz na minha boca
Como quem morde um sorriso
Adormeço já tarde mas feliz
E assim sou

quinta-feira, maio 25, 2017

Sinto saudade da saudade de te ver
E a noite passa ardente
Sem ter razão para adormecer
Podia agora nesta noite escrever
Um poema triste
Mas só me lembro de uma palavra
Saudade
De falar contigo
De te ver
Mas a noite passa e tu estas ausente
Sem que ninguém me veja
Escondo-me numa madrugada
Tao distante que mais parece uma eternidade

quinta-feira, maio 18, 2017

Quanto mais penso em ti
Menos o tempo passa
E parece que o tempo ecoa
E todo eu quero ser teu
Oh! Deixa-te ficar junto a mim
Para devagarinho os meus braços te apertarem
Os meus olhos beberem o teu sorriso
Porque o tempo passa e perpassa
E eu nos meus crepúsculos da noite
Vejo-o fugir lentamente
Talvez porque queira estar junto a ti
Aninhar-me no teu leito
E deixa-lo passar

terça-feira, maio 16, 2017

Desboto-me com a noite
E com a noite fico
Pois é tão tarde e já não quero adormecer
Poiso as minhas mãos nos olhos
E permito-me chorar devagarinho
Como se nada fosse
E tudo fosse...
Pois que importa?
As almas também choram
E a minha tem cá uma coragem para fraquejar...
Mas só não quero adormecer esta noite
Nem me sentir abandonado neste ato de coragem

Tenho saudades
E ainda só passou um dia sem te ver
Na verdade passou uma eternidade por mim
Falei de ti á noite
E na minha solidão beijei os teus lábios
Beijei-os perdidamente
Quantas vezes me apeteceu
Vem-me buscar, peço-te...
E tira-me esta saudade que eu sei de onde vem
Prende-me os braços junto aos teus
Sente o meu coração faminto
E beija a minha boca apaixonada
Fala-me como gostas de mim
Eu escuto-te calmamente
Como se das tuas palavras saíssem os acordes
De uma qualquer guitarra antiga
E quebrassem o silêncio
Da minha solidão
Da minha saudade

quarta-feira, maio 03, 2017

Como que se parasse no tempo
Escrevo algumas palavras
Não sei para onde vão
As palavras...
Contento-me que sejam puras
Só assim podem viver na eternidade
Que mais eu poderia querer...?
Se no interior da tua ausência
Me dá para escrever...
O tempo não pára de passar
E as palavras são só uma desculpa para te recordar
Pois é que te recordo nesta noite
E sabe-me tão bem
Manter-te aqui junto delas
Das palavras...
Como que se as pintasse contigo
E todo eu não estivesse longe de ti
Deixo-as aqui escritas neste momento
Para me lembrar um dia que vivi
Que fiz parte desta onda frenética
Que é a vida
Mas a tua ausência enlouquece-me
Deixa-me para aqui
Longe do mundo...
A pensar em ti

sexta-feira, abril 28, 2017

Trago comigo uma memória simples
Desta minha vida agridoce
Onde sinto ainda uma profunda saudade
Que me satisfaz recordar
A chuva que caia entre nós
Por entre o mundo
Perto daquele mar
Naquela nossa monotonia alegre
O teu cabelo molhado junto ao meu rosto
E um beijo surpreso
Que de tão simples
Tocou os pilares da minha memória para sempre
É isto o amor? Pergunto aos deuses
Se for então deixem-me recordar vivendo junto a ti
Pois agora posso sonhar novamente

quinta-feira, abril 27, 2017

Sabes, as vezes quero falar-te
Pegar no telefone e dizer-te "olá como estas?"
Ouvir o silêncio do outro lado
E depois ouvir a tua voz
O teu sorriso
Imaginar-te num lugar teu
Onde só tu podes estar
E falar-te
Simplesmente contar-te coisas banais
Do meu dia
Ouvir dos teus lábios uma acolhedora cumplicidade
Ouvir o teu dia e dizer-te que gosto de ti
Que sinto isto por ti
Como que cá dentro não existisse mais espaço
E me perdesse nas palavras tentando explicar-te
Que não me apetece desligar o telefone

A noite já vai longa
Não deixo de pensar em ti
Não tenho para onde ir
Nem tampouco mão em mim...
Assumo ao mundo
Que sou louco por ti
Grito em voz alta
Sou completamente louco
Doido varrido...
Quero só para mim o teu sorriso
Aquele teu olhar apaixonado
Como quem esconde um beijo
E pede outro
E mais outro...
Quero aquele abraço apertado
Que me embala seguro
E não me deixa cair

quarta-feira, abril 26, 2017

Sou quase o vento
Em ti penso...
E é quase verão nesta noite cadente
Os anjos dizem-me para te procurar a cada instante
Mas eu encontro-te todos os dias...
Pois eles não sabem que no meu pensamento
Te olho e te falo a todo o momento
Encontro-te em todas as portas
Nos carros
Nas ruas
Nas paredes nuas
Este encontro e desencontro
Que arde por mim dentro
E me queima de saudade
Inunda-me de uma triste e estranha felicidade
É então que o amor acontece
Em todos os minutos que penso em ti
Não o amor luxuriante, lascivo, esse não...
Mas sim o amor que se destina a ser vivido
Não o vais ler em nenhuma folha
Não vem nos livros
Nem em página alguma de poesia
Nem eu mesmo sei descrever
Rio-me sozinho
Pois não sei chorar quando penso em ti

domingo, abril 16, 2017

Ontem,
Quando te vi...
Estava tão irreconhecível para mim mesmo
Que não sabia o que pensar
Precisava ver-te
Olhar-te...
Embalar-me num qualquer convite do teu olhar
Que pudesse em mim deixar um toque de desespero
Compreender porque tenho este estranho sentimento
De gostar de ti...
Pois quando ouço a tua voz ao telefone
Sinto-te tão perto...
Mas ontem...Quando te vi...
Quis falar-te do que sinto
Dizer-te o quanto odeio o estranho sabor das palavras que não saem
Palavras que nem eu sei pensar
Palavras quase gritadas
Quis perguntar-te onde tenho de ir para te ver a todo o instante










Um falso silencio instala-se...
É assim quando te vejo
Pois os meus olhos procuram-te incessantemente...
É então que caminho para além de mim
E te procuro nesta viagem
Não sei a que portas bater
Nem tão pouco tenho músculos de aço para me proteger
Nem uma espada tenho para me defender
Mas procuro-te
Procuro-te nesta angustia demorada
Neste dia-a-dia inocente
Imagino-te nestas noites em que penso em ti
E quero falar-te
Para te dizer que flutuo como uma pena
Neste silêncio esculpido
Em que pareço um quase nada
Levanto-me para cair numa madrugada distante
Que me eleva a tristeza de não te ter



sexta-feira, abril 14, 2017

Sabes...
Por vezes embarco em conversas comigo
E estava a dizer-me que tenho saudades tuas
Saudades de te pedir um beijo
Mas mais do que esse beijo
Tenho saudades de ti...
Dizia-me a mim próprio que de alguma forma necessito estar ao teu lado
Se me permites a pergunta
Queres estar comigo?
Sei que não ouviste bem
Baixa te um pouco e digo te ao ouvido
Sim curva-te um pouco
Vem aqui junto a mim
Vem comigo fazer parte da minha idade
Da minha infância até a minha velhice
Serenos e tranquilos
Cúmplices
Vens?
Desculpa o modo sincero caricato e infeliz
É que neste momento sou eu próprio sem o habitual filtro da vida
Durante tantos anos parece que me ausentei
E agora apareces de novo aqui
E eu tenho sede de ti
Anda vem comigo
O tempo agora é outro
Também tenho medo
Mas quanto mais medo tenho
Mais brilham os meus olhos
Quando penso em ti

terça-feira, abril 11, 2017

Quando cai a noite...
O barulho da solidão desliza sobre mim
Penso nela...
Como nunca pensei...
Como se a tivesse beijado hoje pela ultima vez na boca
Como se tivesse feito amor com ela na cama
E ainda sentisse o meu corpo vibrar
Como se a tivesse abraçado hoje
E esse abraço durasse a eternidade
Sinto-a como a deixei há dez anos
Sinto-lhe o sabor da pele salgada
Percorro todas as noites que passaram por nós num só momento
Todos os abraços apertados
E penso-a...
Fecho os olhos e penso nela
Sinto-a...
Tenho-a aqui tão perto
Aqui comigo...
Tão junto a mim que me arrepio
Tão perto que me esqueço que estou sem ela
Tão linda
Intacta no meu pensamento...
Porquê agora?
Que fiz eu?
Porque não agora?
Apetece-me gritar o nome
Soletrá-lo devagar...
Pintá-lo nas paredes das casas
Falar dela a toda a gente...
Ser feliz...
Mas num murmurio quase aflito
Compreendo só para mim que não está aqui
Dez anos de solidão e alguns dias que não tive junto dela
E agora sozinho adormeço
Como se tivesse o coração vazio
Deixo-me ficar
Assim deitado
A pensar nela...








sexta-feira, março 10, 2017

A mulher mais bonita do mundo
Dormia tão nua e deserta
Numa tela que foi pintada de olhos fechados
Naquele dia a mulher amanheceu
Acordou e tornou-se água do mar
E a vaidade desapareceu e ficou a beleza
Então ela tinha cabelos de água negros
A pele dela era de sal doce
Ela era linda
Os olhos negros lindos
A mulher mais bonita do mundo
Nasceu com o mar vestido de Lua
E naquele dia estava toda ali
Ela era linda
Acordou e sentou-se á janela
Voou e entregou-se para a Luz
Reflectia as ondas do cabelo dela
O seu sorriso navegava na água doce
Para lugar nenhum e para todo o mundo
Viaja sem vela enquanto exista água no chão