terça-feira, abril 13, 2010

As palavras que por vezes me completam
Nascem de mim...
Numa harmonia doce quase amarga
Inovam-se a cada instante
Bebo delas o sabor de cada segundo
E faço parte delas
Da mesma forma que elas se conservam
Então... Quase que por instantes
Elas falam a minha vida
Deixam no tempo a minha respiração
O meu olhar e a minha vida
Flutuam no mundo...
Palavras...
Unidas com o eterno sabor do momento
É um conjunto de sentimentos
Tão complexos...
Tão livres...
Tão geniais no seu Universo
Que se deixam deambular pela eternidade
Por vezes as palavras são tão brutais
Que não as quero escrever…
Nem as ouso pensar…
Andam lado a lado com a solidão
Têm diálogos com o meu ser triste
Sorriem com a satisfação
Rio-me delas e com elas me vejo
E sei que essas palavras...
Essas frases...
Contêm toda a minha vida

quinta-feira, abril 08, 2010

Talvez seja proibido
Falar nos dias que amo e nunca os conto
Talvez assim seja...
Porque por um dia falhado na vida
Serão mil anos de solidão intensa
Talvez então seja proibido
Como o sinal tão encarnado
É como quando passamos e ninguém nos passa
Quando vemos e ninguém nos olha
Quando falamos e ninguém nos diz nada
Talvez assim seja...
Vivermos na sombra do que passa proibido
Como o sinal vermelho...
Então passo devagar
E olho o mundo que passa
Com estes meus olhos de ler
Para que não passe de novo por mim
O que já passou
Talvez então seja assim...
Proibido...

terça-feira, abril 06, 2010

A noite passa...
Os meus olhos repousam
Gostava que estivesses aqui
Meu amigo, gostava que me visses agora
Já não sou o menino pequenino
Ou o Filipe pequenino
Meu velho amigo...
Como eu gostava que aqui estivesses
Partiste para tão longe
Deus... Esse grande desconhecido
Abraçou-te e levou-te para essa distância bruta
Meu velho amigo...
É com alegria que relembro o teu sorriso
A noite passa calma

segunda-feira, abril 05, 2010

Uma velha certeza...
Talvez o Sol tão longe
Essa linha no horizonte
Talvez me encontre e fale comigo
Talvez de amor
Talvez do tempo
Não sei...
Talvez não
Talvez uma resposta aberta
Que faço aqui e onde estou
Procuro-me
Talvez me encontre

domingo, abril 04, 2010

A rua calma
Passo devagar
A tarde tem sabor de primavera
Voo sobre a cidade
O meu pensamento vai longe
Distante...
Cruza-se na estrada que é hoje minha

quinta-feira, abril 01, 2010

Cem páginas brancas...
Demasiada tinta num só momento
Antes distante do que tão perto
Os meus dedos perpetuam as palavras
Que de forma desmedida
Pintam o meu rosto
E os sentimentos mudam de cor
Cem páginas brancas...
Desfiguradas por alguma batalha interior
Esfaqueadas e abertas ás feridas do tempo
Rasgadas outras cem...
Cem folhas...
Esquecidas ao vento
Cem anos de solidão
Passados num só momento
Um abismo profundo
Um sonho de heróis
Um caminho distante
Um sonho Utópico...