sexta-feira, outubro 28, 2005

Parto para outro lugar
Com música
Faço-me à noite
Perseguindo um novo sonho
Sou amante do hoje…
Jamais quero olhar para trás
Nem voltarei a ser incerto
Procuro ainda loucura num beijo sincero
E sou aquilo que eu bem entender
Vou para longe…
Longe dos sonhos
Não vou parar
Nem quero ficar suspenso
A vida é sempre assim
Uma ilusão…
Nem te sei dizer
Se estou aqui ou não
Com que intensidade ou tristeza

quinta-feira, outubro 20, 2005

Poesia
Podia dizer algo sobre ti
E tu de mim dirias tudo
Podia escrever que...
Tens a forma do Universo
Que pintas um sorriso na minha noite
Diria ainda que formas o meu mundo
Que és a minha tela
Ah... Poesia...
Contigo nascem os sonhos dos Poetas
Que morrem para a eternidade
Ando contigo de mão dada
E vou de encontro ao silêncio
Que se instala no teu leito
Ainda assim...
Tens cem anos...
Tens mil anos...
O teu cheiro é etéreo
E tem o verdadeiro sabor da eternidade
Deixa-me ao menos dar-te uma flor
Legar-te um poema
A ti…
Deixa-me vendar-te os olhos e subir pelo teu corpo
Entregar-te a minha tua alma
E dizer-te como te amo Poesia...

quarta-feira, outubro 19, 2005

Acordo por vezes distante
Longe do meu ser
Por cima do meu corpo
Tentando alcançar a minha mente
Deixando-me levar pelos impulsos
Que me atacam levemente
Fere-me suavemente este sonho demente
Onde perco a razão e os sentidos
Onde aclamo por esta vida de guerreiro
Que se estende perante mim
O tempo toma conta da minha alma
E o sonho prolonga-se pela madrugada
Desvendando um conjunto de imagens
Que me são apresentadas
Neste espirito por vezes abstracto
Fraco estou...
No silêncio desta razão
E estou nu
Neste mundo louco e livre
Tentando ainda mergulhar no infinito
Desta luz...
Ainda dormente
Para ainda sentir o desejo
De ser o teu olhar por um dia
Para te sentir chorar na multidão
Percorrer os limites da eternidade
Alcançando o ambar gritante
Que se derrama lá no fundo
No intímo de um som
De uma tecla de piano
Levando-me ao limite deste frio acorde

quinta-feira, outubro 13, 2005

Quero ser atingido por um raio de paz
Que me espalhe pelo Universo
E me restitua a nova vida
Quero ainda que este clarão de liberdade
Me envolva e me mate lentamente
Para que eu saboreie a minha sede
Deste mel que é a vida

terça-feira, outubro 04, 2005

Nada mais quero esperar
Senão o que me for entregue
Nada mais quero ter
Senão a humildade para continuar a caminhar
Nada mais quero sentir
Senão o sentimento puro
Condensado num pote de mel
Oferecido com gentileza numa tarde de primavera
Nada mais quero ser
Senão este vento que se afasta
E se estende por entre os teus sentidos
Que toca o teu rosto
Para beijar a tua boca melodiosamente
Como que pintasse o teu sorriso a pincel
Quero ser só os meus dedos
Que passam e perpassam pelo teu corpo
Tocando nos limites da tua tela
Quero ainda ser a chuva
Para deslizar suavemente no teu cabelo
Escorregar pelos teus olhos e molhar os teus lábios
Sentir o teu cheiro
E esfregar a minha pele na tua pele
Numa dança de loucura e desejo eterno
Quero ser só a minha boca para tocar no teu ombro
Morder o teu queixo
E amar-te alienadamente