sexta-feira, maio 29, 2009

Quando passas aqui como um gesto
Deixas o olhar de quem morde um beijo
Um coração que bate doce
Porque não dizer-te...
Que quando passas deixas o perfume que sonhei
E vacilam os pilares do meu viver
Que quando passas deixas o teu nome escrito
Nos meus olhos...
Nas minhas mãos que escrevem...
Nos meus dedos...
Porque não dizer-te...
Que quando passas te sinto perto
Tão perto...
Porque não sussurrar-te...
Quando passas o meu mundo pára...

terça-feira, maio 19, 2009

Há tanta coisa para falar
Tanto para viajar
Quantos caminhos para percorrer
Numa noite de Lisboa...
Quantas ruelas e murais claros
Quantos temas de conversa pela rua
Desconversados na ternura
Olhares penetrantes e doces
Quantas vidas até te ter
A Lua tão nua...
Há tanta coisa para sonhar
Tanto que não se diz e se diz tão direito
Quantos caminhos para um beijo
E um dia uma dança tão crua
Num jardim qualquer de rua
De forma tão fugaz e nua

domingo, maio 10, 2009

Saí à rua sem destino
Apenas eu e o meu pensamento
Uma estrada marginal
Uma madrugada cheia de sentimento
Envolvo-me com o cheiro do mar
É arrepiante todo este momento
Nem quero saber se estou perdido
Quero andar...
Vaguear...
Perder-me quem sabe...
Só eu...
Que noite... Luxuriante
De tão vazia ficou tão calma...
E de tão calma ficou tão doce

quinta-feira, maio 07, 2009

Guardo só para mim
A ternura da minha viagem
Invoco os Deuses
Para me sentir acompanhado neste trilho
Aguardo o momento da chegada
Um destino sem tempo
Tempo fugaz
As minhas asas cansadas de voar
E os meus caprichos de menino homem
Agora que me vejo a viajar
Faço uma promessa...
Jamais irei parar
Guardo para mim
O cheiro e o sabor desta viagem
Tão simples e intensa