Sou o Guilherme Ribeiro.
Escrevo porque, se não escrever, há qualquer coisa em mim que fica por dizer, e isso pesa.
Este blog começou como tantos outros: um lugar onde eu podia largar poemas, pensamentos soltos, pedaços de noites mal dormidas e dias pesados demais. Com o tempo, deixou de ser “só um blog” e passou a ser uma espécie de arquivo da minha alma: aqui estão guardadas madrugadas, amor, perda, dúvidas, fé, cansaço, esperança e todas as coisas que não cabem numa conversa rápida, muitas delas nem aqui estão, moram em pedaços de papel, folhas em livros e cadernos.
Escrevo sobre:
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saudade (que muitas vezes parece uma personagem da minha vida)
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amor nas suas formas mais bonitas, exageradas, doídas e às vezes impossíveis
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solidão
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espiritualidade, silêncio interior, perguntas sem resposta
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o peso e o alívio de estar vivo
Não sou um “poeta profissional”, não vivo disto. Sou pai, trabalhado, sou um homem comum a tentar equilibrar responsabilidades, contas e um coração que insiste em sentir demais. A escrita entra aí: é o lugar onde posso ser inteiro, sem filtros.
Neste espaço podem encontrar:
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poemas de várias fases da minha vida
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textos mais recentes, em prosa, às vezes suaves, às vezes crus
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memórias, confissões, fragmentos de um diário que nem sempre assumi como tal
Não escrevo para agradar
Escrevo para ser honesto comigo
Se alguma palavra minha te tocar, se te reconheceres em alguma linha, então este blog já cumpriu um propósito maior do que eu.
Madrugadas de Merda – Diário Cru
Este espaço é um desvio dentro do meu próprio blog.
Aqui não há frases arrumadas, nem poesia a tentar ser bonita. O que vais encontrar nesta série é outra coisa: pedaços de mim escritos à hora errada, quando a casa está em silêncio, quando a maior parte das pessoas dorme, quando os meus filhos dormem, mas a minha cabeça decide acordar.
Chamei-lhe “Madrugadas de Merda – Diário Cru” porque é isso mesmo: são textos de madrugada, muitas vezes estou cansado, fodido da vida, fodido com a vida, com saudade a mais e paciência a menos. Não é um livro ainda, mas também não são só posts soltos. São talvez capítulos de um diário que pode um dia transformar-se em livro, ou não. Por enquanto, são apenas o meu registo honesto de alguém que se recusa a mentir a si próprio quando escreve.
Estes textos nascem do mesmo lugar de onde nasceram os meus poemas desde que me conheço:
da saudade, do amor exagerado, da solidão, da espiritualidade meio partida, da sensação de não caber bem neste mundo. A diferença é que aqui a linguagem vem sem filtros. Há palavrões, há raiva, há ternura, há contradição. Há aquilo que muitas vezes não cabe nos poemas.
Se chegaste aqui à procura de frases bonitas para partilhar nas redes sociais, é provável que te desiludas.
Se chegaste à procura de algo verdadeiro, mesmo quando é feio, então fica à vontade, lê – e tem em conta que é verdadeiro.
O que vais encontrar nestes textos:
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madrugadas sem sono
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o amor que não sabe morrer
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saudades
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dúvidas sobre o sentido disto tudo
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a vida de um homem comum: pai, trabalhador, cansado, mas ainda teimosamente vivo
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e, acima de tudo, palavras a tentar não desperdiçar o que sinto
Lê por tua conta e risco:
não prometo esperança, não prometo finais felizes.
O que prometo é honestidade – é um acordo que faço contigo, leitor ou leitora. Às vezes dói, às vezes alivia, às vezes é só um grito quieto.
Os textos desta série vão aparecer no blog como capítulos, com títulos próprios, e marcados com uma etiqueta específica (por exemplo: “Madrugadas de Merda”). Se quiseres ler tudo de seguida, é só clicares nessa etiqueta ou voltares a esta página e seguires os links que, com o tempo, vou deixando por aqui.
No final do dia, isto é só isso:
um tipo a escrever para não rebentar por dentro,
a transformar insónias em capítulos
e saudades em palavras.
Se te vires em algum destes textos, já não estou sozinho.
Bem-vindo ou bem-vinda.
Guilherme Ribeiro