sábado, agosto 12, 2017

De repente
Assim como quer a vida
Encosto-me a um canto
E falo prudentemente comigo
Pudesse eu, falar assim sempre
Num dia em que Deus estivesse a dormir
E talvez lhe perguntasse quem sou eu
Um simples viajante?
Encolho-me e tapo-me
E sinto-me tão perto de mim
Só o sentir me faz ser
E sinto...
Sinto tudo duplicado
Como se quisesse gritar ao mundo
O que vejo e não vejo
Na minha imaginação assim tão de repente
Encosto-me acostumado a pensar
Quem sou eu