terça-feira, maio 22, 2007

Alcanço o som por vezes
Entre o rugir do barco de madeira
E a água que balouça aos meus olhos
As cordas estão presas à beira do rio
O vento move-se lentamente
È tarde de domingo e ando descalço
A praia está deserta…
E o frio já não me incomoda
Uns bancos de areia mais à frente
O Sol é o mesmo que outrora me queimou
Os dias são diferentes
Ando por aqui ás escondidas
Por entre ruas e ruelas
Casas e casinhas…
O rio termina e começa o mar
As ondas vêem seguidas
Fortes e mortais
A minha alma satisfaz-se com este pedaço de vida
Procuro na noite a saudade que me faz viver
A paz que encontro torna-se divina
E a magia do meu tempo
Torna-me real
Este cheiro intenso a maresia…
Obriga-me a sonhar alegremente
Deito-me na areia
Sabe-me bem o toque dela
No céu vejo uma ou outra gaivota
Estou completamente embriagado…
Refaço só para mim a formula da minha essência
Reconstruo na minha alma os pilares do meu ser
Aqui ninguém me vê ou sente
Sou eu e o meu percurso divino
Transbordado aqui nas minhas palavras