sexta-feira, setembro 16, 2005

De olhos vendados
Descubro a imprudência triste
De um homem louco
Tentando alcançar algo que encontro lentamente
Caio por vezes
Num buraco fundo de silêncio
Oculto na noite eterna dos meus olhos
Nada mais existe senão o meu toque
Sobrenatural…
Ouço por vezes vozes do passado
Mas presentes no meu ouvido
As palavras encobertas no meu ser
Sentado ali...
A água junto de mim
O tempo parece já nem passar por aqui
Escrevo algumas frases
Que ouso pensar
Outras que nem sequer quero registar
Algumas nem as quero compreender
Sem alguém com quem falar
Perco-me neste lugar
E procuro seduzir a minha alma
Para que me leve a uma memória distante
Arriscando-me a morrer de novo aqui
Busco em ti um beijo mais profundo que este mistério