quarta-feira, maio 07, 2008

Conheci um homem
Cujo rosto ocultado pela barba branca
Pele envelhecida já conta histórias
É o Cigano do Marquês
É o amigo da malta
Vendedor ambulante
Mas que será que ele pensa
Vi-o chorar como uma criança
Quando a mãe saiu deste mundo
Quando o vejo sinto amizade no olhar
Humilde nas palavras
Por vezes ninguém quer saber o que ele pensa
E por vezes ele nem se importa
Conheço-o e é como eu
Sangra e sofre como eu
Vive triste e alegre
Ali vai ele...
Quando não o vejo pouco me lembro dele
Quando o vejo quero voltar atrás e conhecer o interior
Parece que foi levado para algures
Por entre a selva urbana que não o deixou respirar
É o Sancho o cigano do Marquês
E parece que já não o vejo de novo