A magia de uma cidade adormecida
Traz-me de volta a nostalgia de ser criança
Terra de ninguém esta em que vivemos
Afundo-me por vezes em noites assim
Não temo mas também não caio nesta oculta magia
Deixo-me encantar pelo sorriso
E embalo-me a mim próprio
E é tão bom ser assim
Tão sagaz...
Inocentemente egoísta...
Apetecia-me ser algo nesta cidade mágica
Ser a Lua que tocasse o vidro das janelas
E acordar alguém com a minha luz
Talvez ser a guitarra que geme aqui
Aqueles acordes tremendos e alegres
Ou tristes...
Quem sabe o gato que faz a sombra na minha parede...
Quem sabe ser eu nesta cidade
E ser eu mesmo de novo neste antro imaginário
Espaço aberto à minha proposta da noite
Quem sabe não será esta a minha noite
Estas as minhas palavras
Esta a minha alma
Este o meu sentir...