Os dias para mim
Noites que perco…
Sou aquele viajante…
Sou toda a saudade
Perdi já as mágoas no mar
E não te vi…
Não duram mais que um verão
Dias cinzentos…
Cercado pelos caminhos incertos
Onde tantas vezes me perdi
Onde quantas vezes errei
Bebi alguns sonhos e desvarios
Nestes rios…
Onde andei eu?
Nasceram os sonhos no tempo
Mas não se fizeram as coisas belas
Vimos a Lua e o encanto da noite
Puro âmbar dos poetas
Sem curso continuo a viajar pelas estradas
Vejo as ruas
As casas…
As portas…
As janelas…
As pessoas e as crianças
Caminho pelas ruelas
E pergunto-me se alguém me vem ver
Neste fado que me entristece