Já nem sei por onde ando
Marchamos juntos num deserto obscuro
Por vezes somos brutais
Somos únicos…
Outras das vezes… Somos vulgares demais
Naquela noite…
Vivemos uma visita intensa
Um momento melancólico de tristeza
Luz das luzes…
Não estou por cá
Apaguem as luzes então…
E o som deixou de se ouvir
Silêncio… é o que quero ser agora
Vou tentar correr para outro lado
As lágrimas escorriam suaves pela pele brilhante
Não deveríamos nunca ter medo de chorar
Não me lembro do sonho
Nem sequer me recordo das cores
Nem dos temperos da saudade do amor
Costumava lembrar-me…
E escrevia sobre essas recordações
Estarei a morrer?
Sim, aos poucos diz-me ela, calma e suave…
Quem me faz divagar nesta noite?
Quem me deu impulso para navegar?
Já nem sei…
Perdi a bússola do meu viver…