sexta-feira, dezembro 02, 2005

Sentado neste banco de palha
Olho o meu ser uma vez mais ausente
Embriagado por pensamentos
Sonho ainda acordado e extasiado
Como se a minha alma estivesse por cima desta esfera
Tentando compreender este circo
Existe ainda tristeza no meu olhar
Ausente estou do meu viver
Presente quero estar nesta ausência
Uma vez mais um conflito de gerações
Inconstantes...
Longa está a noite
Nesta madrugada silenciosa
Onde vagueio uma vez mais pela agonia deste sonho
Soltando lá do fundo este grito solene que se liberta
Freneticamente…
E estremece os pilares da minha existência
Perdendo-se no tempo
Sei que nada vou sentir
Sozinho de novo
Vou fazer as malas e partir
Vou subir o céu como um falcão
Tentando desesperadamente alcançar o infinito azul
Vou estar fora por uns tempos
Muito tempo…
Nem os anjos me vão encontrar
Até onde as minhas asas me levarem
Pois odeio esta angústia que se reflecte neste espelho