Não voltaremos a encontrar-nos
Não pela antiga noite…
Por onde vagueámos
Somos sombras ou espectros da madrugada
Separados pela agonia do tempo
Não falaremos senão por sinais
Uma telepatia intelectual...
Será que a lua ainda continua no mesmo palco
Ou atingimos a intensidade da tristeza
E espera-nos uma sentença moral
Que nos projecta para o caos do silêncio
Essa Lua trepou o infinito da minha alma
E seguiu por um caminho incerto
Procuro assim um coração despojado
Neste mundo obscuro…
Não voltaremos a cruzar-nos
Neste lugar ermo e lúgubre
Onde a solidão alcança por vezes
Uma magia letal
Que ofusca o próprio sentimento
Não voltaremos a juntar-nos
Para seguir esta estrada velha