Embriago-me suavemente…
Numa qualquer tasca
Sintra…
Estrada velha alucinada
Papeis no bolso, capa preta
Aparo de madeira lustre
Dor de cabeça ou voraz sentimento?
Dor da vida…
Suavemente engulo mais um gole
Deste insano momento…
Devoram-me os olhares inconstantes
Elas rasgam-me o pensamento
Olhares cultos e desmedidos
Provocantes…
Sozinho… aqui estou…
Não sei mais para onde ir
Satisfazem-me os olhares cruzados
Os meus olhos fitam-nas sem segredo
Prostrado aqui estou…
Perdido neste momento
Tasca ou bar já nem sei…