Quando passarem por aqui
Lembrem-se que sou um artista
As palavras aqui descritas
São apenas a busca interior pela minha alma
Pintada ou colorida por vezes…
Apesar de cansado,
Não as pinto com tinta de ódio
Nem com força de homem cruel
Escrevo-as com cristais puros
E espalho-as aqui em forma de âmbar
Licor das profundezas por onde andei
Preferi morrer cem mil vezes…
Do que viver amarrado
Caminhei na penumbra da noite
Para sentir a brisa da liberdade
Quando aqui chegarem…
Lembrem-se que por cá já passei
Não sou mais do que um caminheiro
Desta estrada que é a vida
A sociedade é uma louca que nos rouba os sonhos
Não tem piedade de nós
E não fica triste quando nos vamos embora