Mais a necessidade de libertar-me das palavras
Que de tanto se acumularem no meu peito
Deixam agora marcas quase visiveis do que não sai
Palavras não ditas são setas afiadas
Que habitam em mim
Como uma maldição desta gente que escreve
Desta gente que sofre
Há momentos que só a solidão consegue libertar-me
Como um veneno que sai da minha pele
Há dias em que o ar se torna irrespirável