Faz tempo que não me prendia
Deixei-te prostrada na cabeceira
E a minha mão que por vezes teme em tocar-te
Esqueceu-se de ti por tempos
Simples aparo…
Nem a tinta secou…
E esse odor que tens
Ainda que por vezes cruel
Faz-me navegar por entre castelos de palha
Saudade de te pegar de novo
Dialogas comigo tempo inteiro por vezes
Encontro o meu refúgio pelas tuas linhas
Por vezes até as escondo por entre os meus papéis
Ah… serás, tão inanimada como dizem?
Por detrás de ti…
Escondes essa vaidade de saberes o que sou…
Tu és sim um bom confidente...