São as palavras... Essas deusas imunes
São elas que eu amo
As palavras
Simples e delicadas
Queria ser Indio para as descrever na areia
Andar nu pela rua
Comendo-as e gritando-as
São elas a minha tribo
E a minha religião
Bebo-as e beijo-as
Desculpem-me as palavras
São elas a minha tela
Primeiro dão-me um gosto amargo
Depois vêm pedir-me para lhes dar sentido
Rasgo-as e seco-as
Contorno-as...
E acabo culpado
Mas elas entendem o meu grito carente