quarta-feira, junho 02, 2021

Às vezes...
Agarro-me à madrugada
E escrevo
Deleito-me com as palavras
Como se fosse eu uma criança
Ando por caminhos desconhecidos
E escrevo, escrevo tudo o que vejo
Escrevo tudo o que sinto
Às vezes, não poucas...
Passo a noite a pensar em ti
E deixo que a madrugada me acolha
E sinto-me em mim 
Numa ternura noturna só minha
Onde o meu desafio é ver-te correr para os meus braços
Às vezes...
Culpo-me por não dormir
Tiras-me o sono sem dares conta
E o relógio vai andando, não pára
A noite passa e eu estou aqui
A caminhar pela cidade,
Pela noite,
Pelas estrelas,
Pelo teu corpo...
Onde vou sonhando acordado
Num silêncio intenso
Até que a noite se esvazie
E eu adormeça de madrugada
Às vezes, não poucas
Adormeço a pensar em ti
E é bom
É suave
E é assim que te amo